ao leitor,


Neste segundo número da REPOM, a Revista de Estudos Poético-Musicais da UFSC, as mudanças em relação ao primeiro número dizem respeito principalmente ao aspecto visual da revista. A Repom se mantém fiel a seu objetivo original: o de veicular textos que, de formas diversificadas, abordem as relações entre música e palavra.

Lúcia Almeida aborda a trilha-sonora do filme Brás Cubas de Julio Bressane de forma a comprender a inserção musical como ponto nodal para o processo de transcriação que possibilita a passagem do romance de Machado de Assis para a linguagem cinematográfica.

Paulo César Garcia opta pelo viés do homoerotismo para ler o poeta e letrista Antonio Cícero de forma que, na relação com a música, encontra a própria articulação da palavra de Cícero com o corpo, seu próprio movimento de erotização.

Pedro de Souza contrasta duas interpretações de Billie Holiday da mesma canção, My man, para refletir especificamente sobre o elemento da duração na palavra cantada e sua relação com os processos de subjetivação.

Ana Cristina Chiara propõe uma espécie de texto-manifesto onde discute a questão da identidade brasileira a partir da pergunta: Sou neguinha?. A relação com a música, nesse caso, passa a ser a própria performance textual, o próprio ritmo que o texto impõe, sugere.

E, por último, em texto de caráter informativo, Carolina Vidal aborda alguns aspectos da obra de Arnaldo Baptista, desde sua relação com o tropicalismo até o lançamento de seu Cd Let it bed em 2004.

Atenciosamente,
Tereza Virginia de Almeida, Editora da REPOM.


 

 

 

 

 

 

 

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