Em frente a um sobrado da Rua da Carioca, número 53, uma fila quilométrica se estendia até a Praça Tiradentes, formada em sua maioria por jovens universitários e intelectuais de esquerda, ávidos para entrar no Zicartola, a novidade de maior sucesso da noite do Rio de Janeiro. Do alto, era possível ouvir o ecoar da música e das vozes em festa. Não que houvesse muitos motivos para comemorar. Quando a casa de samba alcançava seu auge aconteceu o golpe militar de 1964. O lugar passou a ser refúgio onde se pensava alternativas para resistir aos tempos sombrios que se anunciavam. Mais do que isso, foi palco do ressurgimento de velhos sambistas que haviam sido esquecidos - Cartola, Nelson Cavaquinho, Ismael Silva, Zé Kéti - e local de nascimento de uma nova geração da qual faziam parte Paulinho da Viola, Elton Medeiros e Nelson Sargento. Freqüentado pela nata da intelectualidade brasileira, o sobrado também recebeu os cantores politizados da bossa nova, como Carlos Lira e Nara Leão.

Apesar do fenômeno que se tornou, referência noturna e musical da cidade, o Zicartola nasceu como uma simples pensão de comida caseira. A epopéia começou, na verdade, na Rua dos Andradas, 80, também no Centro, no início dos anos 1960. Neste endereço funcionava a sede da Associação das Escolas de Samba, cujo zelador da casa era ninguém menos do que o lendário sambista da Mangueira: Cartola.

Famoso nos anos 1930 por suas composições gravadas por grandes cantores do rádio, como Francisco Alves, Mario Reis e Dalva de Oliveira, o compositor sumiu, no final da década de quarenta, do cenário musical. Trabalhava de madrugada, com cerca de cinquenta anos, num posto de gasolina em Ipanema. Até que um dia o destinou sorriu para Cartola.

Numa destas noites de trabalho, quando deixou o posto para esquentar o corpo molhado pelo sereno num botequim, foi reconhecido pelo cronista Sérgio Porto, que assinava também com o pseudônimo de Stanilaw Ponte Preta. Sobrinho de Lúcio Rangel, jornalista que tinha apelidado Cartola de “Divino”, Sérgio elevou aquele encontro a uma descoberta. Tentou empregá-lo no rádio, mas o samba tradicional, dos antigos fundadores das agremiações carnavalescas, não estava na moda. Era a época da fossa, da música “dor-de-cotovelo” de Antônio Maria e Dolores Duran,  das boates de Copacabana, do samba-canção e do bolero. Um cenário que mudaria no final da década, quando reinaria a bossa nova dos jovens da zona sul.

Não apenas Cartola, mas outros sambistas de sua geração viviam o esquecimento imposto pelos veículos de música. Ismael Silva, Wilson Batista, Geraldo Pereira, Zé Keti, Nelson Cavaquinho, entre muitos outros, faziam parte da lista dos esquecidos. O alarde criado por Sérgio Porto acerca do ressurgimento de Cartola também não encontrou eco no rádio, mas pelo menos serviu para que velhos amigos, como Jota Efegê, Lamartine Babo e o próprio Lúcio Rangel, se reaproximassem dele. Estes encontros aconteceram no casarão da Rua dos Andradas. A responsável pelo novo emprego de Cartola não podia ser outra do que sua inseparável companheira: Dona Zica.

Os dois se conheciam desde a infância, mas apenas quando ambos estavam viúvos começaram a namorar. O sambista havia acabado com um tortuoso romance que o havia levado a abondanar o morro verde e rosa e a morar no Caju. Zica o convenceu a voltar para Mangueira e depois conseguiu com o secretário municipal de turismo da época, Mário Saladini, o trabalho de zelador para ele. Em busca de melhores oportunidades o casal foi morar no Centro. Para incrementar a pequena renda, Zica vendia refeições para motoristas e cobradores da Praça Mauá. Durante as reuniões das escolas acontecia a mesma mágica, os quitues da cozinheira tomavam conta do ambiente e as discussões davam lugar a cantorias e batucadas regadas a cerveja gelada.

Aos sambistas juntava-se a “velha guarda” de intelectuais e compositores amigos de Cartola. Não foi à toa que as noitadas que aconteciam no lugar foram relacionadas às origens do Zicartola. De fato, a idéia de abrir uma pensão para Zica aconteceu devido ao maior problema do Centro da cidade, pelo menos para os boêmios frequentatores da sede das escolas de samba. No avançar da noite era impossível encontrar um bar aberto para comprar bebida, o que fazia a festa terminar também.

            Essa situação incomodava, principalmente, um jovem empresário chamado Eugênio Agostini, financiador do futuro Zicartola. Agostini conheceu Cartola através de um amigo, Nuno Linhares Veloso, o qual tinha uma história singular. Como ficou órfão bem cedo e estudava no Colégio Pedro II, em São Cristóvão, Nuno gostava de fugir para Mangueira, onde conheceu Zica. Mais tarde encontrou Cartola na casa de Lúcio Rangel. Ficou amigo do compositor, se tornou seu parceiro e acabou indo morar com Cartola e Zica na Mangueira.

            Devido a essas façanhas foi procurado por Eugênio Agostini quando este pleiteava um trabalho da prefeitura de Campo Grande, capital do Mato Grosso. Para tanto, tinha que receber o prefeito mato-grossense no Rio de Janeiro, o qual queria conhecer a cidade maravilhosa, mas não a que era representada pelas boates para estrangeiros e turistas, e sim a que poderia ser chamada de tipicamente carioca.

            Nuno organizou uma roda de samba no Clube Caiçaras, na Lagoa, com Cartola e Monsueto. O prefeito mato-grossense se encantou com a música dos sambistas e convidou a Mangueira para se apresentar em Campo Grande. Eugênio Agostini, obviamente, conseguiu o trabalho que buscava e, além disso, se tornou amigo de Cartola e freqüentador das reuniões da Rua dos Andradas, para onde levou também os seus primos. Até mesmo o prefeito, quando voltou ao Rio, foi ao casarão com uma comitiva de trinta pessoas.

            Entre os problemas do precursor do Zicartola estava sua morte anunciada. O antigo sobrado seria demolido em breve. Diante disso, Agostini ofereceu a Zica uma pensão onde ela pudesse comercializar sua famosa culinária e os amigos de Cartola pudessem ouvir seu samba sem o risco da bebida acabar. Surgia a firma Refeição Caseira Ltda., cujo primeiro contrato foi assinado a 5 de setembro de 1963 pelos sócios Eugênio Agostini Xavier Neto, Renato Agostini Xavier, Fábio Agostini Xavier e Euzébia Silva do Nascimento.

            O fato de Zica ter se tornado uma das sócias mostra sua importância para o projeto pensado por Agostini. O principal produto da casa era a comida caseira feita pelas mãos talentosas da grande dama mangueirense. No cardápio podiam ser encontrados pratos que se misturam com símbolos nacionais: feijoada, carne-seca com abóbora, dobradinha, galinha ao molho pardo, bolinhos de aipim e bacalhau.

Além da vocação que ela mesma admitia possuir para a cozinha, Zica tinha também uma vasta experiência profissional neste ramo. Depois de ter sido pastora da Mangueira, doméstica e tecelã, inciou-se no ofício de cozinheira na Sociedade Carnavalesca Embaixada do Sossego, indo trabalhar depois no tradicional clube Cordão do Bola Preta. Quando morava na Rua dos Andradas trabalhava num restaurante no Edifício Avenida Central. Daí a idéia de Agostini de financiar uma pensão cujos pratos ficariam sob a sua responsabilidade.

Encontraram na Rua da Carioca um lugar perfeito para seus planos. O sobrado possuia três andares. No primeiro funcionava uma alfaiataria. No segundo existia um amplo salão onde se instalou o restaurante. No terceiro moravam Zica e Cartola. Inicialmente a casa servia apenas refeições, mas ao fim da tarde os sambistas chegavam e batucadas espontâneas encerravam o dia de trabalho.

A partir de meados da década de sessenta as agremiações começaram a crescer. Com o agigantamento das escolas, contraditoriamente, passou a não haver espaço para os antigos compositores, os quais buscaram refúgio no Zicartola. Zé Kéti era o mais entusiasmado deles. Além de ter percorrido, de maleta em punho, diversas redações de rádio e jornal para divulgar a casa, foi quem teve a idéia das noitadas de samba, de aproveitar a reunião de sambistas para fazer apresentações. O lugar passou a abrir também durante as noites de quarta e sexta-feira. Com os ventos soprando a seu favor a casa começou a receber seus fiéis frequentadores.

O poeta Hermínio Bello de Carvalho juntou-se a Zé Kéti e criou a Ordem do Cartola Dourada, uma homenagem aos grandes nomes da música brasileira, os quais tinham um quadro com seu rosto pendurado nas paredes do Zicartola, onde foram se enfileirando as figuras de Tom Jobim, Dorival Caymmi, Elizeth Cardoso, Ciro Monteiro e muitos outros. Para delírio da platéia, o homenageado acabava também dando uma canja. A primeira homenageada, no entanto, não era cantora, mas intimamente ligada a um dos nossos maiores compositores. Lindaura Rosa, viúva de Noel, recebeu a Ordem das mãos de Paulinho da Viola.

O desconhecido Paulo César ainda não tinha o apelido e era um tímido bancário que chegou ao Zicartola pelas mãos de Hermínio Bello de Carvalho. Ambientado ao choro desde menino - na casa de seu pai, o violonista César Farias, costumava ver atuando desde Pixinguinha a Jacob do Bambolim - Paulinho passou a fazer parte do conjunto que acompanhava os cantores na casa de samba. Ele mesmo raramente soltava a voz e recebia de Cartola quantias simbólicas que ficaram conhecidas como “os primeiros cachês de sua carreira”.

A inauguração do Zicartola aconteceu quando a casa já estava conhecida e, graças aos esforços de Zé Kéti, foi um grande sucesso. Lotação esgotada, nem mesmo Agostini conseguiu se servir de uma bebida e teve que beber um chope numa leiteria vizinha. Nuno Veloso e Carlos Cachaça, principal parceiro de Cartola, vieram da Mangueira de trem e saltaram na Central, mas estacionaram numa “birosca” e não conseguiram chegar à festa. A aglomeração se intensificava.

O sobrado também era frequentado por egressos da Rua dos Andradas, como o sambista Elton Medeiros e o jornalista Sérgio Cabral. O primeiro fez parte de A Voz do Morro, pioneiro conjunto formado por compositores das escolas de samba, cujos integrantes – além de Elton, Paulinho da Viola, Anescarzinho, Zé Kéti, José da Cruz, Jair do Cavaquinho e Nelson Sargento – se apresentavam no Zicartola. O segundo substituiu Hermíno Bello como mestre de cerimônias da casa. Anos depois, Sérgio Cabral descobriria que na sua ficha do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) havia acusação de ato subversivo praticado no sobrado: um show que organizou em favor de funcionários demitidos pelos militares.

Com o golpe de 1964 a situação política se agravou. No dia primeiro de abril, a sede do Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes (UNE) foi incendiada por universitários lacerdistas. Como forma de resistir culturalmente, os antigos integrantes do CPC, Armando Santos e Oduvaldo Viana Filho, escreveram e montaram neste mesmo ano o espetáculo Opinião, cujo título vinha da música homônima de Zé Kéti:

Podem me bater
Podem me prender
Podem até deixar-me sem comer
Que eu não mudo de opinião
Daqui do Morro eu não saio não

 O CPC surgiu em 1962 para ser o setor de cultura da UNE. Marcados pela ideologia nacional-popular, os artistas universitários buscavam conscientizar politicamente o povo, o qual consideravam alienado, e queriam levar a cultura letrada para a “massa” excluída.  Como forma de diálogo absorviam também as chamadas culturas “genuínas” ou “espontâneas”, produzindo peças e cordéis com mensagens didáticas para a população rural. No ambiente urbano do Rio de Janeiro o samba era a melhor moeda de troca. Diretor musical do CPC, Carlos Lira fez um pacto com Zé Kéti. Enquanto este o apresentava aos sambistas veteranos, o outro o levava ao ambiente musical da bossa nova. Dessa forma Lira conheceu Nelson Cavaquinho e Cartola e apresentou suas canções a Nara Leão. No seu primeiro disco solo, lançado em 1964, a cantora obteve enorme sucesso com os sambas “Luz Negra”, “Diz que fui por aí” e “O Sol Nascerá”, respectivamente, composições de Nelson Cavaquinho, Zé Kéti, Cartola e Elton Medeiros. Os sambistas começavam a deixar a obscura zona de esquecimento a que estavam submetidos.

O Opinião também contribuiu enormemente para que isto acontecesse. Presenças constantes na casa de samba, Armando Santos e Vianinha vislumbraram um show no qual João do Vale, Nara Leão e Zé Kéti traçavam um painel social brasileiro, resumido no migrante nordestino, na menina da zona sul carioca e no sambista do morro. O espetáculo foi inspirado nas apresentações que viam no Zicartola. Os protagonistas do musical freqüentaram os palcos e platéia do sobrado.

Dessa maneira e se dava a resistência no Zicartola, através dos eventos culturais que a casa influenciou e das manifestações que aconteciam sob seu teto, onde se reuniam pessoas consideradas de esquerda, comunistas ou subversivas. Tudo que acontecia no sobrado alcançava dimensões políticas, desde lançamentos eufóricos de livros de autores como Viriato Côrrea a atitudes individuais, como as de Vianinha, que subia em cima da mesa para bradar contra os militares.

Além da questão política havia também a defesa cultural da música brasileira, a qual, para os que se reuniam no Zicartola, estava ameaçada pela canção estrangeira, principalmente norte-americana. A valorização da produção nacional se materializou no show Rosa de Ouro, de 1965. A idéia do espetáculo também surgiu no sobrado, onde Hermínio Bello de Carvalho, diretor do Rosa, conheceu Clementina de Jesus. O poeta já havia se encantado com a voz da partideira na Festa da Glória, mas não esperava reencontrá-la quando Jota Efegê os apresentou. Para acompanhá-la, juntou no palco a diva do rádio Aracy Cortes e Os Cinco Crioulos, grupo formado por Paulinho da Viola, Nelson Sargento, Jair do Cavaquinho, Anescarzinho e Elton Medeiros.

O Zicartola também foi o palco da festa do casamento de Cartola e Zica. A união do casal foi comemorada no sobrado da Carioca, endereço mítico que reuniu, sob o pretexto de ouvir samba e comer comida caseira, as distanciadas zonas do Rio de Janeiro.

Apesar de ter influenciado tantos acontecimentos culturais importantes, as portas do Zicartola se fecharam em maio de 1965. Por que? Mesmo tendo sido um foco de resistência política e cultural, a casa não acabou por causa da repressão militar.

Os motivos da curta existência do Zicartola foram as dificuldades administrativas. Quando Eugênio Agostini e seus primos, sócios e financiadores do estabelecimento, deixaram para Zica todas as quotas da sociedade, o casal em pouco tempo passou o espaço. Cartola cuidava da música e Zica da cozinha, mas nenhum dos dois sabia administrar um empreendimento comercial. Ao perceberem que não estavam mais conseguindo sustentar o lugar, passaram o sobrado para Jackson do Pandeiro.

Jackson pretendia fazer um restaurante parecido com seu antecessor, com a diferença de que a matéria-prima oferecida seria forró e comida nordestina, mas não teve sorte e o lugar fechou em pouco tempo.

O Zicartola, mesmo também não tendo durado muito, deixou como legado uma trajetória importante para se entender não apenas a história de seus protagonistas, mas também os acontecimentos políticos e culturais que ocorreram na década de 1960 no Brasil e, mais especificamente, no Rio de Janeiro. Como está escrito na placa colocada pela prefeitura em sua homenagem no seu antigo endereço, na Rua da Carioca, 53, o sobrado “sediou o encontro cultural entre as zonas norte e sul” e marcou a memória da cidade como espaço de resistência e de renascimento do samba tradicional, onde ressurgiram os sambistas esquecidos das escolas, como mestre Cartola da Mangueira.

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Zicartola:
a trajetória da casa de samba de Cartola e Dona Zica
Maurício Barros de Castro

Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP), pesquisador associado do Núcleo de Estudos em História Oral (NEHO-USP) e autor do Livro Zicartola: política e samba na casa de Cartola e Dona Zic